Mais um ano se passou desde que deixámos Águeda e o Instituto Superior Militar, onde teve lugar a nossa primeira e mais extensa confraternização: de 1977 a 1979. Foram dois anos muito duros, de trabalho e de afastamento das nossas famílias, mas que, para lá dos frutos profissionais que nos renderam, tiveram ainda o condão de instalar em nós uma sólida amizade e um saudável espírito de camaradagem que nos faz, de ano a ano, juntar de novo e relembrar, da melhor forma possível – à volta da mesa –, aquela já afastada parcela das nossas vidas.
Ao fim de 32 anos, as deficiências vão-se acentuando: uns já foram vencidos pela vida; outros vão sentindo as inclemências do tempo que já lhes passou por cima; outros, ainda, vão-se rendendo às delícias do dolce fare niente, e não aparecem. Mas, após tantos anos, há também os resistentes: os que capricham em alimentar a chama antiga, por vezes fazendo apelo a forças já escassas, mas crentes do bálsamo milagroso que levam de regresso, no final de mais um salutar, alegre e agradável convívio. E uma palavra de muita admiração é devida aos familiares que nos acompanham, entusiasmados quanto nós, a estas periódicas romagens.
A organização deste ano foi mais uma vez impecável. O Eufémio empenhou-se (e salientou a preciosa ajuda dos filhos); a Quinta da Ponte da Pedra, nos arredores do Entroncamento, é o local perfeito para uma coisa destas; a ementa e o serviço foram excelentes.
Tudo motivos mais que suficientes para que se continuem, por muitos anos, estes momentos tão agradáveis e de tanto proveito para o espirito e para o corpo.
O Oliveira acedeu a organizar o evento de 2012, na sua linda cidade de Tomar, prometendo, desde já, alargar o almoço do convívio com um promissor programa cultural.
Exorto-vos para que não falteis à chamada. Eu comprometo-me, já, a ir à pérola nabantina!
Calamote.
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