segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Aprender com a Poesia

(Dedicado aos que poderiam dar – e não dão – colaboração a este blogue)

Os rapazes do meu tempo

Os rapazes do meu tempo morreram todos,
Só que alguns ainda não sabem...
Quando eram novos, tinham como eu o vezo de arrasar o Mundo.
Mas tinham tanta pressa de crescer
Que ultrapassaram tudo. Adiaram tudo,
Principalmente o gosto de mudar a vida....

E agora andam por ai à espera da caridade
De um coveiro que lhes acomode os ossos.
Os rapazes do meu tempo,
Os rapazes de todos os tempos morreram cedo.
Puseram tanta força em ser adultos,
Que não aguentaram o peso da idade...

Por tudo isto é que eu
Sempre me recusei a crescer!

Escrito a 5-2-1982 por António Monginho
In: http://alentejanando.weblog.com.pt/arquivo/095862.html

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